Porque está tão difícil contratar?
Com o ritmo acelerado do mercado, a necessidade de profissionais “prontos” para assumir cargos que demandam resultado a curto prazo, tomou proporções sem precedentes.
Entretanto, na prática, o que se tem percebido é que esses talentos estão cada vez mais escassos. Se antes a empresa tinha um verdadeiro estoque de perfis em seu banco de dados e selecionava o melhor candidato, hoje ela se vê sendo selecionada ou bombardeada por currículos de pessoas sem a necessária qualificação.
O que aconteceu com os bons profissionais?
É simples: a pandemia (sim, novamente ela) fez com que muitos profissionais mudassem o rumo de sua carreira, buscando mais qualidade de vida e flexibilidade na jornada de trabalho. E a tecnologia tornou possível essa mudança!
Há 10 anos, as pessoas costumavam enviar seus currículos apenas para empresas que se situavam perto de suas casas ou em locais próximos àqueles que, por elas, já eram rotineiramente frequentados. Hoje, no entanto, esta realidade já não é a mesma. Aliás, é muito comum nos depararmos com pessoas que, sem sair de casa, trabalham em empresas situadas em outras cidades, Estados e até países.
A virtualização e a consequente flexibilização da forma de exercício das atividades laborais abriu infinitas possibilidades!
E como se isso não bastasse para tornar o mercado mais dinâmico e competitivo, de um lado, os cursos online, em pouquíssimo tempo, estão conseguindo capacitar profissionais para mudar completamente de área; ao passo que, de outro, alguns profissionais simplesmente optaram por abandonar sua área de formação para, mesmo sabendo dos riscos, executar trabalhos informais (até porque, na pandemia ficou claro que estabilidade profissional é uma lenda).
Frente à tudo isso, surge a pergunta: será que as empresas estão adotando medidas efetivas para tornarem suas oportunidades de trabalho atrativas?
Hoje, com as informações que são disponibilizadas em sites e plataformas, qualquer pessoa consegue saber qual a média salarial de sua profissão; e como consequência disto, em regra, ninguém tem aceitado assumir (com seriedade e comprometimento) uma vaga que não pague, pelo menos, o valor que normalmente é oferecido pelo mercado.
De qualquer forma, o oferecimento de um salário compatível com a realidade de mercado, há algum tempo, já não é o único fator determinante do sucesso da captação de bons profissionais.
Para ser atrativa, a empresa precisa ir além da oferta do salário de mercado! Ela precisa mapear o critério que a categoria profissional por ela almejada, considera determinante para a aceitação da oportunidade de emprego. É isso, ou se sujeitar a contratar “quem aparecer”.
Justamente em razão de tudo isso, é que a diretoria de qualquer empreendimento precisa compreender que, de tempos em tempos, a realização de um diagnóstico organizacional é imprescindível, seja para verificar a estabilidade da equipe, seja para se manter competitiva no mercado!
Já não se faz gestão de pessoas como há 10 ou 05 anos atrás. O mercado mudou e quem não se atualizar, terá que se contentar com aquilo que sobrar.